A Jubs ainda acredita no Papai Noel e eu 'peno' para poder responder ás perguntas dela que tem se tornado mais.... digamos... capciosas! Como, por exemplo, como as renas do Papai Noel voam e as outras que vemos no National Geographic não voam... A minha resposta foi que as dele são colocadas motores atrás para que estas voem.... ela aceitou e disse que devia ser isto mesmo e que tinha lógica (lógica?!?!?! rs...).
Bem, jantar quase meia-noite mesmo com duas crianças (Highlanders!!!!! Aguentaram firmes e fortes) e foram para a cama. Eu e meu irmão arrumamos os presentes na árvore para que a Jubs e meu sobrinho mais novo (porque o mais velho, apesar de ganhar seus presentes, não acredita mais em Papai Noel) abrissem na manhã seguinte.
SEI que este Natal marcou a Jubs absurdamente. Tudo para ela era motivo de apreciar e achar bonito ou legal. Era a comida que ela dizia estar "DELICIOSA", dizia á minha cunhada que tudo estava "TÃO LINDO" e ainda queria saber se teria mais alguma novidade... Ela se sentiu num parque de diversões 'curtindo' as coisas que surgiam na sua frente.
Já estava bem tarde, eram quase 22:40 e me perguntei se o bonitão não tinha se lembrado de ligar para a filha (o que não seria nada atípico, afinal ele só faz a ligação mensal e olhe lá). Só que a Jubs nem percebeu, como a presença dele na vida dela é super "de vez em nunca", a ausência dele não é sentida. Mas, finalmente, ele ligou e logo passei o meu celular para ela. A Jubs atendeu numa boa e trocou umas 5 ou 6 frases e me solta a seguinte 'bomba NATALINA':
- Olha só, pai, eu não tenho mais nada para falar com você. Posso desligar...
E me olhou com aquela cara de 'você quer o que, mãe?? quer que eu minta???'. Eu 'enfiei minha violinha na sacola' e fiquei quieta.
A Jubs ainda perguntou se a tia "third wife" estava lá e ele deve ter perguntado se a Jubs queria fala com ela:
- Não pai, não quero falar com ela não. Era só para saber se ela estava aí.
Não posso condenar a Jubs por esta atitude... não é falta de educação dela nem 'forçação de barra' da minha parte. Não peço nem a obrigo á fazer estas coisas mas também não acho correto que uma criança de 6 anos seja forçada á falar com alguém que NUNCA FALA COM ELA. Que elo ela tem com estas pessoas??
Eu acho uma baita demagogia a justiça 'obrigar' que a criança passe parte ou metade do mês com um pai, ou até mãe, que nunca está presente. Ah!!! Ele mora longe!!! Sei... Poxa vida, um telefonema dói?? Ela pede TODA SANTA VEZ Á ELE mas ele não o faz PORQUE NÃO QUER!!!!!!!!!!
Então PORQUE ELE É PAGANTE DA PENSÃO, ele TEM O DIREITO DE FICAR COM ELA POR DIAS E DIAS MESMO QUANDO NÃO HÁ INTIMIDADE?????
Assim que a Jubs desligou o celular, ela me perguntou:
- Mãe, eu vou quando ficar com o meu pai?
- Daqui uns 15 ou 20 dias. Por que?
- E vou ficar quanto tempo? 1 mês??????
- Não. Você vai ficar uns 15 dias só.
- E você acha 15 dias pouco??
Claro que acho 15 dias MUITO mas não disse nada disto á ela. Só que entre 1 mês e 15 dias, acho que os 15 são mais fáceis de serem 'digeridos' por qualquer uma de nós duas.
Não 'bato na tecla' lembrando de quantos dias ela passará ou quando ela irá, só em raras vezes que ela me pergunta que eu respondo, senão desvio a conversa e deixo para lá...
Bem.... o que realmente eu posso fazer? Absolutamente nada. A Justiça diz que a Jubs deve ir (querendo ou não) e eu acho que ir contra a Justiça é 'arrumar sarna para se coçar', porque se não seguir direitinho com as minhas 'obrigações', o bonitão irá usar isto como 'arma' contra mim. Não facilito quanto á nada que englobe a Jubs.
O bom disto é que logo após ela desligar o celular, ela ficou com os primos e padrinhos, brincou, riu, viu TV... nem lembrou da conversa com o pai ou comigo sobre a ida dela para a casa do pai.
Já eu... bem.... não estou me 'torturando' tão antes dela ir... Ela não merece isto e NEM EU MEREÇO.
Vou deixar para ficar 'sem respirar', congelar no tempo, ficar sem sol, triste... quando ela ficar com o pai. E reviver quando ela voltar... e PENSAMENTO FIRME de que tudo irá passar rápido.