Caramba!!! Estou feliz hoje..., melhor, esta semana.
Estou voltando á ser a Drix de anos atrás: otimista, risonha e mais que tudo: ESPORTISTA.
Eu passei anos sem animo de andar, correr, fazer qualquer coisa para MIM. Tudo girava em torno da Jubs, afinal ela 'só tem á mim' (era o meu mantra).
Não que hoje em dia a situação tenha mudado, ela ainda só pode contar comigo visto o bonitão manter a postura de ligar para ela uma ou duas vezes por mês.
Mas eu tinha 'me perdido'... Não sabia mais quem eu era, a sensação era que precisava me 'reinventar' ou me 'reencontrar'... mas cadê o animo para isto?? Não existia. Eu vegetava, vivia em função do que tinha que fazer para Jubs, apertava o 'piloto automático' e lá ia eu.
Nossa, estou usando o 'pretérito' para me identificar. Não chega á tanto assim, óbvio. Não acordei e havia mudado mas me sinto tão... diferente....
Voltei á correr e nem lembrava do bem que isto me fazia sentir. Que delícia voltar dolorida e suada... risos... sério! É bom SIM!!!!! E a cabeça voa neste tempo que você está correndo, você 'desopila o fígado'.
Ontem eu li algo que traduziu como tenho me sentindo. Venho 'crescendo', me desapegando do que o bonitão possa vir á achar ou fazer quanto á mim. Estou voltando á me bastar, o que eu penso e sinto é o que me faz feliz. Não sou uma treslocada para fazer bobagens, nunca fui então não será agora que passarei á ser, óbvio!
Então... o que o BONITÃO achar, falar, escrever, mover de processo... primeiro: problema dele o que ele acha; segundo: quanto á justiça ele terá que provar o que diz de mim; terceiro: EU ME BASTO.
Sou inteira SOZINHA e por isto sou o apoio da Jubs. Ela sabe que pode contar comigo.
Eu tinha a sensação de precisar de uma escora. De ser menos porque eu não era CASADA, eu não era o que a sociedade exigia de mim.
O texto que li é este aqui:
Sobre estar sozinho…
Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência e pouco romântica por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.
Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa a aproximação de dois inteiros e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.
As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo e não a partir do outro.
Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Flávio Gikovate
O autor traduziu TUDO que venho sentindo.
Fomos criadas para achar que sozinhas não conseguimos obter sucesso e se o obtemos somos mal resolvidas sexualmente ou ainda, somos mal vistas como malucas que não vêem a REALIDADE (a realidade DA SOCIEDADE).
Estar casada e ter alguém ao lado são coisas completamente diferentes.
Casada para mostrar para os outros que é capaz de TER UMA FAMÍLIA DORIANA é como fomos criadas e o não tê-la nos dava a sensação de frustração e incompetência total. Vínhamos criando nossos filhos com a sensação de faltar um pedaço, de sermos menos que as mulheres que tem a família completa etc etc... Coisas que cansei de ouvir. Ser BANIDA de um grupo de amigas casadas porque elas se sentiam ameaçadas por mim por estar solteira e poder avançar nos seus maridos e pelos maridos porque podia 'levar suas esposas' para uma mau caminho.
Fiquei literalmente sozinha, visto ter poucas amigas em Sampa e a maioria destas é casada.
Então virei um 'CARAMUJO', dentro da minha concha. Engordei, deixei de me cuidar, de me olhar no espelho... Não ligava para mim, me sentia FRACASSADA.
Mas que FRACASSO eu tive? Onde ele existe?? Na minha cabeça! A Jubs é educada, bem criada e feliz, ou seja: o que eu achava que precisava de família para fazer eu FIZ SOZINHA.
Então onde está a FRACASSADA, a FRACA, a NÃO MERECEDORA DE RECONHECIMENTO ALGUM?
Bem... AQUI ela não está!
Não VOU me permitir 'ESCORREGAR' e deixar a minha 'cabeça' me cobrar desta forma. A vida já me cobra o bastante.
Superação, ISTO EXISTE!!! Você TEM que 'correr atrás' e ter MUITA boa vontade porque vão existir 'escorregões', pessoas te desestimulando e outras coisas mais... MAS quando você perceber que MESMO SOZINHA VOCÊ É INTEIRA.... NINGUÉM TE SEGURA MAIS!!!
Boa sorte para nós todas e que os escorregões sejam temporários e BEM ESPORÁDICOS.
Boa tarde,
ResponderExcluirConheci seu blog hoje e adorei!!! Continue com essa garra e determinação!
Muito sucesso para nós e nossas pequenas!
Bjos :)
Oi!!
ExcluirQue bom que gostou... Eu comecei escrevendo com um desabafo e no fim acabei vendo uma quantidade grande de mulheres que se identificam com as situações que descrevo.
Isto me fez bem por um lado porque passei á não me sentir um ET como me sentia antes. Achava que andava na rua com o chapéu de frutas da Carmem Miranda, que chamava atenção de qualquer um... Hoje vejo que não sou uma exceção e sim um novo padrão e que estamos todas 'inaugurando' esta 'nova classe' de mães. As separadas, com maridos chatérrimos e que conseguem ser mãe, pai, professora, motorista e tudo mais que vier para fazermos.
Muitas vezez senti um certo preconceito por ser divorciada e com filho. Sei como é...
ResponderExcluirA sociedade não evoluiu, ainda permanece com a 'cabeça dura' da velha educação. O que não falta hoje é casal separado! O homem é bem aceito pela sociedade machista, já a mulher... É uma pena....
ExcluirSim... a mulher trabalha, faz jornada dupla, tripla, o caramba á 4 mas ainda é vista como serviçal, como 'bengala' do homem... É o complemento e não o 'essencial'... Ah!! E não tem valor nenhum mesmo ela sendo mãe e pai, provedora e o que mais for... Triste...
ExcluirPassei situações semelhantes, com ex, com (ex)amigos e com minha vida e minha percepção de quem sou...demora para nos 'resgatarmos". Nunca recebi elogios de coisa alguma, nem de como boa mãe sou. Atualmente sei quem sou, sei o meu valor e quanto sou importante e necessária na vida de minhas filhas. Sou a maior incentivadora delas, a que sempre torce a favor e as dá suporte. Ainda tenho um caminho a ser trilhado mas sei o que quero e sei exatamente o que quero longe da minha vida! E viva nós as novas super mulheres que a sociedade está criando!
ResponderExcluirCom certeza! Parabéns à nós, mulheres que vencemos a maneira retrógrada de pensar da sociedade e que estamos sobrevivendo e descobrindo que conseguimos (mesmo que à duras penas) ser boas mães mesmo sem termos as famílias que as pessoas pregam existir. Será que existem?? Ou será que temos uma quantidade absurda de mulheres caladas ainda? Outro dia mesmo, conversei com uma senhora que se separou porque cansou de apanhar do marido... que só estava com ele porque não queria traumatizar os filhos... Como assim? Ainda existem pessoas que pensam assim? Tive pena dela mas senti um orgulho enorme em vê-la tomando uma decisão séria e estando aliviada por ter feito isto.
ExcluirAs famílias antigas não existem mais. A mulher de hoje trabalha, estuda, cuida de filhos, cuida de casa e ainda tem que cuidar de marido... E quando ela será cuidada pelo marido? Afinal o marido de hoje não coloca mais a totalidade da parte financeira em casa... então, o cansaço dele por trabalhar, a esposa também tem mas o 'machismo-achismo' do homem ainda predomina e a mulher deve 'tomar conta' das obrigações atuais e antigas. É algo MUITO complicado.
Espero que os homens que estão sendo criados por estas super-mulheres dos dias de hoje sejam mais companheiros e amigos das esposas que tiverem.