segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Festa de fim de Ano

A festa da escola da Jubs nem eu nem ela fomos... Eu estou quase 'soltando fogos de artifícios' com o fim deste ano escolar. Não suportei a professora dela deste ano. Ela foi alvo de reclamações minhas e de outras mães com frequencia... mas... 2016 está aí e espero que a professora do ano que vem seja melhor, se não for, troco a Jubs de escola.
A festa de final de ano que me refiro no título foi a festa de, praticamente, se ver livre dos problemas judiciais com o BONITÃO.
Tive (FINALMENTE!!!!!) o FAMOSO encontro com a psicóloga da Justiça. Óbvio que fui apreensiva, afinal sabia eu com que iria conversar? Vai que era alguém que já tinha idéia formada sobre guarda compartilhada e outras coisas da justiça moderna, que infelizmente leva em conta mais a modernidade que o conforto e bem estar das crianças?
Era uma senhora jovem, parecia MUITO a mãe de um ex-namorado meu que foi para mim uma segunda mãe... Isto foi motivo para me sentir bem 'logo de cara'. Conversamos só as duas visto o pedido da Justiça era eu sem a Jubs. Acho que a entrevista durou uma hora e meia. Procurei ser o menos tendenciosa no que dizia para que a senhora, quando ouvisse a Jubs, formasse a imagem inteira.
Ela perguntou sobre a Jubs com o pai,  eu disse que não tinha nada contra se ele fosse uma pessoa presente e preocupada com o bem estar da Jubs mas, ainda assim, pedi á ela que marcasse um encontro com a Jubs e que tentasse saber por ela. A minha visão é de mãe-protetora e isto, normalmente, é algo BEM tendencioso.
Papo vai, papo vem e ela me pergunta:
- Quem entrou com esta ação?
- O pai dela. - respondi.
- Sinto muito em te informar mas este tipo de ação não me parece algo movido por um pai. Ele é casado?
- Sim, com a mulher que ele ficou estando casado comigo. - tive vontade de dizer: "Com a mulher que ele me chifrou." mas me contive.
- E ela tem filhos?
- Não... há uns anos atrás, ela perguntou à Jubs se ela queria um irmãozinho mas esta estória acabou logo depois. Nunca mais houve conversa sobre ela ter filho... E imagino que não possa ter, visto ela já ter 42 anos.
- Então, Drix, lamento informar mas esta ação deve ter sido proposta por ELA ao BONITÃO.
- Hein?????????????
- Sim... Normalmente é o que se vê na justiça. É algo como querer 'roubar' tudo que a mulher anterior tinha.
- Mas eu não fiz nada! Nenhuma das ações fui eu que entrei, todas vezes foram movidas pelo BONITÃO. Deixei o apartamento inteiro, só peguei minhas roupas, as da Jubs e um liquidificador de fazer papinhas... Não tirei uma toalha, não rasguei lençóis, não fiz escândalo nenhum.... Não entendo...
- Infelizmente é assim mesmo.
Fiquei com cara de 'tacho'...
Lembrei de uma amiga minha contado no supermercado que a atual do ex-marido dela, ligou e falou assim:
- Já roubei teu marido. O próximo que irei roubar será o seu filho.

Me deu até mal estar...
Voltando à psicóloga, ela pediu uma reunião com a Jubs o mais rápido possível para tentar dar o parecer dela o mais breve possível.
A entrevista com a Jubs foi dias depois.
A Jubs 'travou' na porta e não queria entrar de jeito nenhum. Estava com medo de falar o que pensa do pai e ele ficar sabendo e brigar com ela.
Lá fui eu entrando com a Jubs e pedindo à ela que falasse TUDO!! Fosse do pai, fosse de mim, da escola, dos amigos, da minha família ou da do pai, que não omitisse NADA!
Fiquei eu com a minha mãe esperando a Jubs... Eu queria jogar joguinho no celular para passar o tempo mas nem prestava atenção. Queria ver a Jubs saindo da sala da Psicóloga com 'carinha feliz'.
Quase uma hora depois saiu a Jubs: FELIZ!!! Sorrindo e conversando com a senhora... Fui chamada à sala e lá veio ela junto.
A senhora me contou que a Jubs foi BEM EXPLÍCITA: Gosto do meu pai sim mas quero ficar com ele, no máximo, 3 dias por férias. Não quero morar com ele. Gosto de morar com a minha mãe. A minha família é minha mãe, meus avós maternos, meus tios maternos, minha bisa. Meu pai também é da minha família mas não conto com ele... não sei quando contar algo, desabafar e ter certeza que ele não irá brigar comigo como já fez noutras vezes. Na casa do meu pai, eu não tenho quarto, ele fala que é meu quarto mas a mulher dele diz que é quarto de hóspedes.
Foi muita coisa para eu assimilar e acabei chorando... Chorei de alívio! Minha pequena conseguiu falar tudo. Nem eu escapei: - A minha mãe é minha melhor amiga mas ela se preocupa muito comigo. Gostaria que ela não se preocupasse tanto porque eu sei me defender.
E lá eu chorei de novo...
Minha festa de final de ano foi antecipada e ganhei um PRESENTE ENORME...
Depois destas entrevistas, eu consegui dormir o que não dormia há quase 3 anos... Imagino que o BONITÃO recorra do resultado porque ELE SEMPRE FAZ ISTO, mas só de saber que a Justiça está do lado da minha pequena... pode recorrer quantas vezes quiser... Eu, agora, SEI que a minha pequena terá sua voz ouvida e meu coração ficará sossegado.

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