sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Estou SEMPRE errada, mesmo quando acerto

Não sei se outras pessoas passam o que eu passo, bem.. também é muita pretensão minha acha que sou o único ser na Terra que passa por isto.
"Isto o que?" não é??? Vou me explicar:
Após a separação eu voltei para a casa dos meus pais e são poucas as vezes que penso em me mudar daqui. Poucas mesmo mas hoje é um destes dias e nem na TPM eu estou.
O MAIOR problema de morar novamente com seus pais, ao meu ver é: você, aos olhos deles, não cresceu! Ainda é somente aquela criança ou adolescente que erra e que eles acham que podem chamar a atenção como faziam antes.
Antes de que? Antes quando?? Oras! Antes de ser mãe, antes de você ter 40 anos. Pura e somente isto!
Tá e o que fazer? Não tenho a mínima idéia!
Minha mãe é uma ótima pessoa, uma super avó e FOI e É uma excelente mãe e eu me espelho no que ela foi para procurar ser para a Jubs. MAS aos olhos da minha mãe eu só acerto quando é interessante falar que acertei porque a maneira dela olhar é de reprovação pelo que fiz/faço, pensei/penso.
Fico num dilema com vontade de dizer á ela: Não me chame a atenção como se eu tivesse 10 anos!! Ainda mais na frente da Jubs que já está se achando igual á mim.
A Jubs tem feito isto: lida comigo como se tivéssemos a mesma idade e a mesma 'patente'. O que não é fato: ela tem 6 anos e eu 40, ela é a filha e eu a mãe.
SEMPRE me disse que quando fosse mãe não iria bater como eu apanhei. Acho que isto é o cúmulo da falta de argumentos. Mas argumentar com um ser de 6 anos é o que? Dar trela para discussão e se igualar á ela.
Fico sem saber como agir afinal... se bato, eu falho com o que disse que não iria fazer; se castigo, ela não liga e debocha dizendo que nem precisa sair do castigo porque está bom lá; se tiro algo dela, como bonecas e á fins, ela me olha e diz "Tenho outros, os que foram não me fazem falta não"; se paro de falar, ela fala com meus pais que agem como se não houvesse problema algum em casa e o meu castigo de mudez 'cai por água'. Então eu 'implodo'. Raras as vezes que eu 'EXPLODO' sou vista como: mal educada, grosseira, sem paciência etc etc etc...
Então as perguntas permanecem: O que fazer? Onde estou errando?? Como mudar a situação?
Na casa do pai, feliz ou não, tenho que aceitar que a Jubs fica 'pianinho', seja por medo, respeito ou o que for, quando volta está um amor, 'por favor, obrigada, posso pegar/fazer isto ou aquilo?' tudo nos 'conformes' e comigo é uma zona!
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! Você ainda não pôs a Jubs no quarto dela que ELA NÃO QUER e que eu embromo porque também gosto, e muito, de estar com ela no meu quarto. Sim, é fato... mas isto faz com que ela me desrespeite?  SIM, FAZ!!!!
De noite, na hora de dormir, eu pergunto: Jubs, escovou os dentes? a resposta dela é: E você, já escovou?
- Jubs, tá na hora. Vamos dormir.
- E você? vai dormir agora?
- Jubs, chega de televisão. Amanhã você acorda cedo.
- E você? vai ver TV?
No fim das contas, odeio assumir, mas tenho 'culpa no cartório'. Eu achei que era melhor ser mãe/amiga e isto não é bom não. No fim de tudo ela me vê como amiga que também é mãe.
É uma inversão do que eu pretendia, ou nem tanto a inversão e sim... não ter chegado onde eu queria. Queria que ela me visse como mãe que é amiga mas que merece respeito.
Nestas horas eu enlouqueço e me sinto 'A QUE FALHOU', que ela fica melhor com o pai então que com toda a ausência dele, ele está certo e eu errada, visto o que eu 'colho' é diferente do que eu pretendia colher.
Eu com 6 anos... Eu nem respirava se me mandassem não respirar. Bastava olhar, levantar a sobrancelha que eu emudecia. Tá!!! Isto é a educação retrógrada á base de respeito via medo. Donde os pais eram vistos como seres habitantes do Olimpo com direito á nos jogarem 'raios e trovões' como Zeus!
A Jubs com 6 anos... Ela me olha e fecha a cara, 'pisa zangada' no chão, com as mãos cerradas e levanta a voz para mim. O que eu sou? Melhor: QUEM EU SOU??
Hoje cedo ela não queria acordar. Ontem de noite ela não queria dormir, o que é frequente mesmo a avisando do horário que ela acordaria. É um parto acorda-la. É cansativo e chato. A visto (calças e as meias) com ela dormindo e eu a levantando como se fosse uma boneca. Peço que acorde porque ela terá que entrar na escola em meia hora. Ou seja: nesta meia hora tem que: escovar dentes, fazer xixi, pentear os cabelos, tomar café, escovar dentes e sair dando tempo de chegar na Escola. devo parecer o Senna dirigindo para chegar na hora.
Quando a vejo, após tê-la chamado umas 5 vezes, está ela no chão, sentada com a calça da escola e reclamando que o tênis encolheu porque não entra mais no pé dela. Pouco provável visto ter sido comprado há umas duas ou três semanas e o comprei um ou dois números maior. E no dia anterior ela o usou sem reclamar de coisa alguma.
É o péssimo humor matinal é o que causa do desconforto das roupas... e eu tenho que ter um bom humor e MUITA paciência para não estourar e brigar. Só que é MUITO fácil falar, fazer são outros 500!
Vamos ver como meu serzinho volta da escola hoje...
Quanto ao bonitão... bem... este quase não dá mais o ar da graça. Ele ligou há uns dias atrás e a Jubs estava vendo um filminho no YOUTUBE que ela já põe e faz tudo sozinha... Bem, ele ligou na vez mensal dele falar com ela e ela falava: Hã.. Fala... Sei... Tá.... É...
Eu não me meti porque eu SEMPRE falo: "Jubs, fala direito com o seu pai" e quando ela está com ele, ele fomenta a situação dela falar mal ao telefone. Então ele que se vire agora.
Ele, em menos de 5 minutos, desistiu de falar com ela e arrumou uma desculpa para desligar. Desde então não ligou mais.





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

I´M BACK!!!!!!!!

Caramba!!! Estou feliz hoje..., melhor, esta semana.
Estou voltando á ser a Drix de anos atrás: otimista, risonha e mais que tudo: ESPORTISTA.
Eu passei anos sem animo de andar, correr, fazer qualquer coisa para MIM. Tudo girava em torno da Jubs, afinal ela 'só tem á mim' (era o meu mantra).
Não que hoje em dia a situação tenha mudado, ela ainda só pode contar comigo visto o bonitão manter a postura de ligar para ela uma ou duas vezes por mês.
Mas eu tinha 'me perdido'... Não sabia mais quem eu era, a sensação era que precisava me 'reinventar' ou me 'reencontrar'... mas cadê o animo para isto?? Não existia. Eu vegetava, vivia em função do que tinha que fazer para Jubs, apertava o 'piloto automático' e lá ia eu.
Nossa, estou usando o 'pretérito' para me identificar. Não chega á tanto assim, óbvio. Não acordei e havia mudado mas me sinto tão... diferente....
Voltei á correr e nem lembrava do bem que isto me fazia sentir. Que delícia voltar dolorida e suada... risos... sério! É bom SIM!!!!! E a cabeça voa neste tempo que você está correndo, você 'desopila o fígado'.
Ontem eu li algo que traduziu como tenho me sentindo. Venho 'crescendo', me desapegando do que o bonitão possa vir á achar ou fazer quanto á mim. Estou voltando á me bastar, o que eu penso e sinto é o que me faz feliz. Não sou uma treslocada para fazer bobagens, nunca fui então não será agora que passarei á ser, óbvio!
Então... o que o BONITÃO achar, falar, escrever, mover de processo... primeiro: problema dele o que ele acha; segundo: quanto á justiça ele terá que provar o que diz de mim; terceiro: EU ME BASTO.
Sou inteira SOZINHA e por isto sou o apoio da Jubs. Ela sabe que pode contar comigo.
Eu tinha a sensação de precisar de uma escora. De ser menos porque eu não era CASADA, eu não era o que a sociedade exigia de mim.
O texto que li é este aqui:

Sobre estar sozinho…

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.

O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.

Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino.

A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência e pouco romântica por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo.

Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.

Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.

Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.

O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.

Visa a aproximação de dois inteiros e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.

Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa.

As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.

Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.

Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.

Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo e não a partir do outro.

Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.

Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.

Flávio Gikovate


O autor traduziu TUDO que venho sentindo.
Fomos criadas para achar que sozinhas não conseguimos obter sucesso e se o obtemos somos mal resolvidas sexualmente ou ainda, somos mal vistas como malucas que não vêem a REALIDADE (a realidade DA SOCIEDADE).
Estar casada e ter alguém ao lado são coisas completamente diferentes.
Casada para mostrar para os outros que é capaz de TER UMA FAMÍLIA DORIANA é como fomos criadas e o não tê-la nos dava a sensação de frustração e incompetência total. Vínhamos criando nossos filhos com a sensação de faltar um pedaço, de sermos menos que as mulheres que tem a família completa etc etc... Coisas que cansei de ouvir. Ser BANIDA  de um grupo de amigas casadas porque elas se sentiam ameaçadas por mim por estar solteira e poder avançar nos seus maridos e pelos maridos porque podia 'levar suas esposas' para uma mau caminho.
Fiquei literalmente sozinha, visto ter poucas amigas em Sampa e a maioria destas é casada.
Então virei um 'CARAMUJO', dentro da minha concha. Engordei, deixei de me cuidar, de me olhar no espelho... Não ligava para mim, me sentia FRACASSADA.
Mas que FRACASSO eu tive? Onde ele existe?? Na minha cabeça! A Jubs é educada, bem criada e feliz, ou seja: o que eu achava que precisava de família para fazer eu FIZ SOZINHA.
Então onde está a FRACASSADA,  a FRACA, a NÃO MERECEDORA DE RECONHECIMENTO ALGUM?
Bem... AQUI ela não está!
Não VOU  me permitir 'ESCORREGAR' e deixar a minha 'cabeça' me cobrar desta forma. A vida já me cobra o bastante.
Superação, ISTO EXISTE!!! Você TEM que 'correr atrás' e ter MUITA boa vontade porque vão existir 'escorregões', pessoas te desestimulando e outras coisas mais... MAS quando você perceber que MESMO SOZINHA VOCÊ É INTEIRA.... NINGUÉM TE SEGURA MAIS!!!

Boa sorte para nós todas e que os escorregões sejam temporários e BEM ESPORÁDICOS.