terça-feira, 5 de novembro de 2013

Alienação Parental

Eu tenho lido muito sobre alienação parental e já fui até acusada pelo bonitão que eu fazia com ele...
O que eu quero saber é como provar que quem faz a ALIENAÇÃO é ELE sem magoar a minha filha.
A Jubs já disse VÁRIAS VEZES que o pai fala mal de mim para ela e mesmo assim eu ainda tento contornar não falando mal dele, por mais vontade que eu sinta e ainda dizendo á Jubs que o pai fez isto porque não sabia direito o que estava falando. Penso no que ela irá guardar do que eu falarei.... Sempre penso no que isto poderá acarretar á ela para a vida. Prefiro que ela veja quem é o pai dela realmente quando estiver mais velha e mais madura, veja somente que ele tem lá os defeitos dele e que mesmo ele ausente na vida dela, ainda assim, ela viveu vários bons momentos, ou seja: A AUSÊNCIA DELE NÃO ACARRETOU EM NADA (nem problemas nem vantagens).
A Jubs sempre demonstra PAVOR em saber que irá viajar com o pai. Ela diz que 1 ou 2 dias com ele, para ela, bastam. Que ela fica muito triste longe de casa e onde ela não conhece ninguém e ela já disse inclusive estando com o pai que ela quase não o conhece e ele á ela, idem.

Eu tento amenizar as coisas dizendo que ela irá voltar para casa depois e que terá viajado conhecido parentes e lugares diferentes... TENHO QUE FAZER ALGO PARA DIMINUIR A TRISTEZA E DESAMPARO que ela sente. O que pouco adianta, com os 6 anos que já tem, ela argumenta que ela pede ao pai para leva-la de volta para a casa dela e tem como resposta dele que ela TEM QUE FICAR COM ELE QUERENDO OU NÃO.
Isto é de uma maldade absurda com a minha pequena. Mas o que eu posso fazer? Nunca entrei com processo algum contra ele, sempre quem toma e tomou a iniciativa foi o bonitão. Eu só provei na justiça o que ele dizia ser ele a vitima que não era verdade, mostrando ser a Jubs a vítima e eu vítima de mentiras dele.
A justiça do Brasil é EXTREMAMENTE MOROSA e com novas leis todos os dias, os advogados procurando sempre uma brechinha para poderem deixar o processo mais longo e com a decisão só lá na frente.
Como eu escrevi no "LOUCURA TOTAL", o bonitão pediu a guarda da filha por ele MORRER DE SAUDADES DELA  e que eu A AFASTAVA DELE. Engraçado isto não é? porque ele continua ligando para ela uma vez á cada 20 dias. Nunca vi sentir saudades assim.
Bem... voltando á ALIENAÇÃO PARENTAL que fui acusada por ele... Eu resolvi mostrar á Jubs, num final de semana, uns filminhos que tenho da época que ela havia nascido e os meses que vieram depois. Onde o pai brinca com ela, a pega no colo, faz carinho... Ela correu e abraçou minha mãe e cochichou algo no seu ouvido. Minha mãe, triste, disse que ela estava enganada. Perguntei o que era e a Jubs me disse:
- Mãe, ele gosta mais da máquina que de mim.
Pedi que ela se explicasse melhor apesar de tê-la entendido, ou achar que que havia entendido.
- Mãe, ele só é assim, como nos filmes, quando a máquina fotográfica está ligada.
Eu fiquei sem saber o que dizer porque o que ela estava dizendo era a verdade.
Nos filmes ele aparece como o PAI PRESENTE e CARINHOSO. Quem o vê me chama de doida varrida e até e mesma cheguei á me perguntar como eu falava que, aquele homem que abraçava a nossa filha e brincava com ela, era ausente, não se preocupava com ela e etc...???
Foi quando o que a Jubs falou fez um 'click' na minha cabeça!! "ELE GOSTA MAIS DA MÁQUINA QUE DE MIM"... Caramba!!! É a melhor tradução do que ele faz. Quando há espectadores ou alguém gravando algo, ele é o pai dedicado e amoroso. Assim que a platéia vai embora ou desligam a máquina fotográfica, ele "desliga" também a sua atuação.
Soa maluquice não..?
Mas tirei do baú da memória ele voltando do trabalho, eu o cumprimentava e mostrava a nossa filha á ele... ele logo passava por ela dando um beijo bem de leve e rápido para poder ver o episódio do seriado que ele havia deixado baixando durante o dia. A Jubs fazia um barulhinho durante o episódio, ele pausava o filme e me pedia que saísse do quarto com ela porque estava o incomodando. Lá ia eu com a Jubs para a sala onde estava super abafado pois o ar condicionado era no quarto onde o bonitão havia ficado. Acabava o filme e eu esperava que, DESTA VEZ, ele fizesse algum carinho na filha, ele dizia que ia tomar banho e comer e que SÓ DEPOIS DO JORNAL NACIONAL ele iria pegar a Jubs e que no final ele realmente a pegava, por uns 10 minutos (e olhe lá!!!). Ou seja: sem platéia ou máquina fotográfica registrando, ele não queria "ser PAI"
Soa maluco até lendo mas é a pura verdade.
Contar isto á Jubs é de uma maldade absurda e por isto nunca o fiz... Mas ela sozinha está vendo quem é o pai dela. O homem que se preocupa mais com o que os outros pensam e vêem do que com a própria filha.
Dói escrever isto, sabe? Mas acredito que doa mais na Jubs por passar por isto na pele. E a sensação de IMPOTÊNCIA que sinto me DÓI profundamente...
Acho que é por isto que procuro ser extremamente presente para a minha filha.
Já ouvi gente me falando que não adianta fazer o dobro porque eu não conseguirei 'apagar' o nada que o pai deixou de fazer pela Jubs e eu sei disto. Mas fui criada vendo minha mãe fazer o que podia e o que não podia pelos filhos, vi a minha avó fazendo pelos netos... meu EXEMPLO É ESTE! Não quero ser diferente. Gosto de ser MÃE.

É um emprego passageiro? Sim, talvez seja... mas e daí? Quer dizer que porque ele tem 'prazo de validade' eu devo me envolver menos para doer menos quando acabar "meu tempo de serviço"?
Não faço nada pela metade, só por inteiro.
E mais que isto: A JUBS MERECE!
Quero ser para ela o que minha mãe representa para mim até hoje e o que a minha avó, mesmo super velhinha, ainda consegue ser: UM PORTO SEGURO. Se eu conseguir fazer isto, não há alienação parental que a faça se sentir sozinha.


5 comentários:

  1. Oi, adorei seu blog, quero um dia ter força pra escrever coisas legais como você, me separei há quase 3 meses, tenho um filho de 1 ano e 9 meses, mas tô tão perdida, tão triste. Me sinto sozinha no mundo já que moro em São Paulo e não tenho família aqui, fui abandonada pelo meu marido, estava desempregada, tive que correr arrumar emprego mas graças a Deus ele veio rápido. Passei 11 anos com meu marido e agora tô aprendendo a viver sem ele e sem ninguém, como dói isso, queria saber como superar isso, como me levantar e seguir em frente, já que tenho um filho e preciso ser forte por ele. Você tem algum conselho de como sair desse fundo de poço em que me encontro? Obrigada desde já e parabéns pelo blog. beijo

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    1. Conselho? Infelizmente não há nada o que fazer além de deixar o tempo passar e você vai ver que VOCÊ É FORTE SIM, tanto quanto eu ou qualquer outra mulher. Vontade de chorar, se sentir sozinha no mundo, achar que a porcaria da situação não irá mudar... tudo isto eu SENTI E SINTO, o que mudou é que eu hoje não sinto na totalidade do tempo. Você se lembre de dar á você mesma espaço 'para respirar' e se olhar dizendo que você é humana e que por isto você vai ter seus momentos de super força e outros de super fraqueza. ISTO É NORMAL!! ok? Não se cobre além do que você pode e deve suportar. Escreva sempre que sentir vontade... Te desejo FORÇA E CALMA. Um beijo muito grande e fique sossegada: VOCÊ VAI SUPERAR ISTO TUDO.

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  2. Caramba!!!!
    Seu Blog está de parabéns, vc está conseguindo transmitir o que sente e o que passa, e eu acabei percebendo que as dificuldades são muito parecidas...
    Me separei há 1 ano, tenho um filho de 5 e um de 2 anos... o de 5 tem sofrido com a ausencia do pai, que tbm era "super pai na frente da máquina"... Mas a máscara dele caiu depois da sepração, só depois disto minha família toda percebeu quem ele era. Mas meu filho mais velho ainda tem muita admiração por ele, ele fica 2 meses sem ir vê-los, sem ao menos ligar para ver se estão bem!!!
    Por mim eu arrancava as memórias e amor q ele tem pelo BONITÃO. Mas não posso e sofro mto com isso...

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    1. Incrível como os problemas são iguais. Acredito que teremos, em pouco tempo, uma geração de filhos criados pelas mães e com pais ausentes... é incrível como os homens tem este 'poder' de deletar a família a achar isto algo normal. Aqui em casa a ligação é uma vez ao mês e minha mãe ainda fica indignada com isto.... não que eu fique ou não... é que eu HOJE não me permito me incomodar com o fato. Seu filho tem um diferencial da Jubs, ele se ACOSTUMOU com a presença paterna o que deve estar sendo uma BARRA, para você e para ele, lidar com esta nova maneira de viver. Te desejo MUITA SORTE e MUITA CALMA. Qualquer coisa.... estou por aqui... Um beijo

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  3. Por favor gostaria d epoder me comunicar com vx por outros meios. Estou passando mto mal com isso tb lucimadrid@hotmail.com

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